Conta do Sesc/Senac do Rio será disputada por duas agências do Rio e uma de Manaus

Cachorro mordido de cobra tem medo de linguiça. E agência que já disputou conta do Sistema S pensa duas vezes antes de investir para entrar de novo.

Tanto que na entrega das propostas para a concorrência do Sesc/Senac, nesta segunda-feira, 23/05, apenas três apareceram com seus materiais: a Nova/SB, que cuida atualmente do cliente; a Binder, que já atendeu, venceu a conta nacional mas não levou; e a surpresa do dia, que foi a presença da Mene & Portella, agência sediada em Manaus (AM).

Nem a verba prometida pelo Sesc, de R$ 26 milhões, e pelo Senac, de R$ 20 milhões, somando R$ 46 milhões, foi suficiente para empolgar outras concorrentes, que, para participar, precisavam comprovar patrimônio líquido mínimo de R$ 900 mil reais, o que nem é tanto assim.

Perante a surpresa da presença da Mene & Portella tão longe de sua sede, fomos conversar com Túlio Mene, diretor da agência. Diz o executivo que a iniciativa é parte da resolução que ele e seu sócio Nilio Portella tomaram de ampliar os horizontes da empresa. “Se agências de São Paulo vêm aqui a Manaus disputar contas, por que não podemos também tentar fora do nosso mercado?”, questionou o executivo. Não por acaso, diz, a Mene & Portella já tem sido vista em concorrências de Goiás, Tocantins, vários estados do Nordeste e também em Brasília, onde está participando atualmente da licitação do Ministério da Cidadania.

Túlio Mene afirma apostar no portfolio que sua agência tem, por cuidar de contas de governo no mercado do Amazonas, para se expandir em outros estados. “No mínimo, ganhamos experiência e aprendemos um pouco mais”, comentou, admitindo, porém, que não havia lido as matérias que a Janela vem publicando sobre as disputas de Sescs, Senacs e Sebraes pelo Brasil a fora, como as do rodapé desta nota.